29.12.09

life is to long to be a whale in a cubicle¹

passar por uma porta
ou por outra

no significado de cada dia

em uma casa
com uma porta só




¹andrew bird - plasticities

28.12.09

sobre o sadismo II

consumir-se
cemitério de lástimas

o último
o profundo
o não-feito

a vírgula que não separa o sujeito do verbo

separando-os

23.12.09

sobre sadismo

abrir o peito,
à bala de pensamentos vagos.

e insensível a si mesmo,
alimenta-los.

28.11.09

namorar a distância

é morrer bem devagarzinho.

7.11.09

please kill me¹

pessoas e seus passos falando
não acordarão ninguém

desde que além deste mundo
existam outros


¹livro de larry 'legs' mcneil e gilliam mccain

1.11.09

pertinácia

a cada prova, um dia.

a cada semana, um ânimo.

a cada dia, um dia.

8.9.09

sobre ficar ilhado

o vento (te) joga
à areia

o mar sepulta

e o sal:
sabor

do bem (do mal)

5.9.09

good days and bad days¹

preciso voltar a querer a ouvir música..


¹kaiser chiefs

3.7.09

bloc party - positive tension

(..)

it's gonna eat you alive
they go..

run run run run run run
and you cannot hide or ever, ever escape
and you cannot hide or ever put it away
something glorious is about to happen
the reckoning

(..)

22.6.09




vinte e dois anos de nenhuma promissão x treze meses de progressos continuos

15.6.09

amanha a gente volta a respirar.. amanha.. amanha..

10.6.09




como já dizia a minha prima catarina: deus nos dê fígado, pois temos o planeta inteiro pela frente¹



¹mundo livre s/a - e a vida se fez de louca

3.5.09

mensch maschine¹

o que meus pés respiram é a firmeza do solo maciço onde pisam e não foi a casa onde eles nasceram q o fizeram tão carentes de agonia, não foram as altas e finas plantas que cresceram com eles, nem a lama cuja pisaram tão maciamente que como uma cama - ou um sonho - os sugaram pra dentro de mim.

de onde sai esse ar tão límpido que meus passos afogam? que nuvem é essa, meu deus, que me leva de mim?




¹kraftwerk

6.4.09

nossas paredes vazias: insuportáveis.

2.4.09

como é cansativo..

28.3.09

ignorar o cinza escuro ruido nos vidros que escancara o âmago dessa clausura. o verde enraizado diante dos olhos eternamente vertical em suas memórias. a morte lenta não existe na morte, só na vida.

27.3.09

ele vai voltar

eu teria quer ir primeiro, ficar cara a cara com o monte inquieto do meu corpo, por dias e dias, teria q esconder cada murmurio de dor-fadiga-desconserto de mim mesma e mesmo assim acabar lá, em um cérebro que não só se contenta em dizer que me odeia, como me odeia de fato, e mentaliza, e diabolicamente me levanta de novo, como se dissesse: agora você pode ir, idiota. mas não termina de uma vez.

11.3.09

'o povo ajuda, não pede ajuda, são formigas que trabalham muito.'

16.2.09

morte lenta

gotas a zero grau se aproximam da púrpura desapropriação do ser
sólida imagem que se auto-flagelando vira memória
pontas de lança, foguetes
desbravaram o que antes era só da água que me aflige

2.2.09

observar gritos, calos
sinal de bicho nas folhas
energia que esgota a água


observar os gemidos, gênios, filhos
o sinal verde fechado
o sol que denuncia as cores


absorver o estômago
delator de todas as coisas
sincronizar a maldade
com a descarga bueiro a fora


gritar à ferida aberta
jogar fora a verdura podre
desenergizar o vento, veludo


tampar o sexo
matar o filho
queimar os olhos



vomitar o cérebro
devotada crueldade
o jardim de todas as coisas

20.1.09

eu também sou teoria, sem prática.

9.1.09

férias

.....................................................................................
...................................................................................
...................................................................................
.................................................................................
.....................................................................................
....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................
...................................................................................
....................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................
...................................................................................
.....................................................................................
.....................................................................................


e a preguiça é um rio lameado.