16.2.09

morte lenta

gotas a zero grau se aproximam da púrpura desapropriação do ser
sólida imagem que se auto-flagelando vira memória
pontas de lança, foguetes
desbravaram o que antes era só da água que me aflige

2.2.09

observar gritos, calos
sinal de bicho nas folhas
energia que esgota a água


observar os gemidos, gênios, filhos
o sinal verde fechado
o sol que denuncia as cores


absorver o estômago
delator de todas as coisas
sincronizar a maldade
com a descarga bueiro a fora


gritar à ferida aberta
jogar fora a verdura podre
desenergizar o vento, veludo


tampar o sexo
matar o filho
queimar os olhos



vomitar o cérebro
devotada crueldade
o jardim de todas as coisas