16.3.08

colérico

desligar as horas
sem perdê-las

desligar-se
sem detê-la


vontades embebedam-na. fugir de si em sono obscuro levado por energias frenéticas vindasdenãoseionde. por onde vai essa freqüência obstinada em leva-la? não há motivos para calar-se: ela cala (ela não entende uma só palavra que eu diga nunca entendeu e eu não entendo o porque de subir tantas escadas para não entender o que eu digo e nem vou entender mas ela insiste ela sempre insiste em não entender o que eu digo). embora não quisesse minhas pernas sempre querem ir até a saída de emergência. meu instinto. meu faro de animal esfomeado. rastro que é levado: minhas saídas de emergência que as mãos insistem abrir. as janelas que meus olhos gozam ver. não há nada que eu tenha visto que ela não estivesse lá. não há nada que eu tenha andado que não a tenha sentido. no medo tudo soa disperso, ao acordar desse lado indisposto, tudo é disperso e, imutável, a toda tentativa.