ela acordou hoje antes do sol, como se existisse ar entre uma extremidade e outra do sono. engoliu os sentimentos absorvidos durante os sonhos complexos que nunca entende, mas não digeriu. talvez nem o lanche da tarde. dormiu a outra extremidade. acordou. as vozes borbulhando na cabeça do sono bêbado e pesado e as vozes externas lhe dizendo o que fazer. o sol entrando pela janela lhe feria os olhos como um mandante autoritário que dizia: veja. não. fechou-se se distraindo em si. os pensamentos da garota que ela não sabe quem é, nem pra onde vai.